A introdução das células-tronco na Odontologia se deu no ano de 2000, depois da publicação de um artigo científico de um grupo de pesquisadores. Esses pesquisadores mostraram que na polpa de um dente do siso (3º molar) era possível achar células com as mesmas características de multdiferenciação das células-tronco da medula óssea, que na época já eram conhecidas. Depois disso, esse mesmo grupo de pesquisadores mostraram que essas células podiam se auto renovar e, assim, ficou provado que os dentes poderiam ser uma fonte de células-tronco. A partir daí, as células-tronco foram descobertas em vários outros tecidos dentais: polpa de dente de leite, que é encontradas na polpa - mesmo quando o dente já perdeu uma parte da raiz e está mole; ligamento periodontal, que é o tecido que liga o dente ao osso; e papila apical, tecido que fica embaixo da raiz e que só existe enquanto o dente estiver se formando. É importante salientar que essas populações de células-tronco dentais são diferentes umas das outras. Segundo pesquisas, a aplicabilidade das células-tronco na saúde bucal ainda não é indicada como protocolo clínico. "Ainda estamos na fase de pesquisa, mas podemos dizer que as células-tronco terão três áreas de aplicação principais: - Para formar tecidos dentais - por exemplo: reconstituir a polpa com células-tronco ao invés de tratar o canal com material artificial como fazemos hoje; - Para formar um dente inteiro (= terceira dentição) - por exemplo: fazer o dente no laboratório e depois transplantá-lo na boca ao invés de usar implante de titânio como fazemos hoje; - Para formar tecidos não dentais - por exemplo: retina, musculatura cardíaca, ossos, etc.." relata a Dra. Andrea Mantesso, pós-doutora pela Kings College London - KCL (Inglaterra).
Nenhum comentário:
Postar um comentário