A introdução das células-tronco na Odontologia se deu no ano de 2000, depois da publicação de um artigo científico de um grupo de pesquisadores. Esses pesquisadores mostraram que na polpa de um dente do siso (3º molar) era possível achar células com as mesmas características de multdiferenciação das células-tronco da medula óssea, que na época já eram conhecidas. Depois disso, esse mesmo grupo de pesquisadores mostraram que essas células podiam se auto renovar e, assim, ficou provado que os dentes poderiam ser uma fonte de células-tronco. A partir daí, as células-tronco foram descobertas em vários outros tecidos dentais: polpa de dente de leite, que é encontradas na polpa - mesmo quando o dente já perdeu uma parte da raiz e está mole; ligamento periodontal, que é o tecido que liga o dente ao osso; e papila apical, tecido que fica embaixo da raiz e que só existe enquanto o dente estiver se formando. É importante salientar que essas populações de células-tronco dentais são diferentes umas das outras. Segundo pesquisas, a aplicabilidade das células-tronco na saúde bucal ainda não é indicada como protocolo clínico. "Ainda estamos na fase de pesquisa, mas podemos dizer que as células-tronco terão três áreas de aplicação principais: - Para formar tecidos dentais - por exemplo: reconstituir a polpa com células-tronco ao invés de tratar o canal com material artificial como fazemos hoje; - Para formar um dente inteiro (= terceira dentição) - por exemplo: fazer o dente no laboratório e depois transplantá-lo na boca ao invés de usar implante de titânio como fazemos hoje; - Para formar tecidos não dentais - por exemplo: retina, musculatura cardíaca, ossos, etc.." relata a Dra. Andrea Mantesso, pós-doutora pela Kings College London - KCL (Inglaterra).
segunda-feira, 27 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
Tratamento da Leucemia com células tronco
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, presentes no sangue têm a importante função de combater e eliminar corpos estranhos ao organismo. No entanto, quando são produzidos em ritmo reduzido ou acelerado, por conta de uma alteração genética, o indivíduo pode ser diagnosticado com leucemia. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano são registrados mais de 250 mil novos casos da doença em escala global. A terapia com células-tronco surge, então, como uma alternativa para a cura desses quadros. São duas as possíveis formas de aplicação da terapia celular no tratamento da leucemia. Uma delas é o transplante autólogo, no qual as células utilizadas vêm do próprio paciente, através do armazenamento de sangue do seu cordão umbilical. Já no transplante heterólogo, as células são provenientes de outro indivíduo, por meio de doações.
Tratamento da lesão medular com células tronco
O objetivo do tratamento é regenerar as células nervosas danificadas, usando transplante com células-tronco. As células-tronco podem gerar uma nova célula entre as células nervosas, acima e abaixo do local da lesão, permitindo que o alivio de alguns dos sintomas e a recuperação de algumas funções perdidas. Assim, o tratamento pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Melhorias:
- A terapia com células-tronco para lesão medular pode levar a melhorias ligadas a:
- Função Motora (aumentando os movimentos do corpo)
- Sensibilidade (maior sensação de quente/frio e dor)
- Dor Neuropática (ajudando a reduzir/eliminar a dor causada por nervos lesados)
- Bexiga e Intestino (permitindo uma melhor sensação e controle da bexiga e do intestino)
- Espasticidade (relaxando os músculos do paciente)
- Capacidade de Suar (ajudando o organismo a controlar melhor a temperatura)
- As melhorias podem variar de pessoa para pessoa e as lesões incompletas têm as melhores chances de melhora.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Células Tronco no Cordão Umbilical
O Cordão umbilical é muito rico em células-tronco adultas em sua fase mais primitiva, quando há maior potencial de formação de outros tipos celulares e, consequentemente, um amplo leque de aplicações terapêuticas.
As células-tronco encontradas no cordão umbilical podem ser extraídas do sangue (células hematopoéticas) e do tecido do cordão umbilical (células mesenquimais). Apesar de diferentes, ambas ainda não sofreram qualquer exposição a vírus, bactérias e ao meio ambiente. Isso garante maior eficiência terapêutica e um menor risco de complicações, no caso de uso.
No recém-nascido, as células-tronco que dão origem ao sangue ainda não migraram completamente para a medula óssea e se encontram circulando na corrente sanguínea. Por isso, o sangue do bebê que fica nos vasos do cordão e da placenta de um bebê sadio (que, normalmente, é descartado após o parto) é uma fonte rica de células-tronco sadias.
Uma população muito rica de células-tronco mesenquimais fica presa no tecido do cordão umbilical após o nascimento. Especula-se que estas células estejam presentes neste local para exercer a função de proteção do feto ao sistema imunológico da mãe.
As células troncos e como podem ser usadas:
A pesquisa com as células-tronco é fundamental para entender melhor o funcionamento e crescimento dos organismos e como os tecidos do nosso corpo se mantêm ao longo da vida adulta, ou mesmo o que acontece com o nosso o organismo durante uma doença. As células-tronco fornecem aos pesquisadores ferramentas para modelar doenças, testar medicamentos e desenvolver terapias que produzam resultados efetivos.
A terapia celular é a troca de células doentes por células novas e saudáveis, e este é um dos possíveis usos para as células-tronco no combate a doenças. Em teoria, qualquer doença em que houver degeneração de tecidos do nosso corpo poderia ser tratada através da terapia celular.
Para pesquisas de células-tronco, todos os tipos são necessários para análise pois cada uma delas têm um potencial diferente a ser explorado e, em muitos casos, elas podem se complementar.
Mesmo após a criação das células iPS, não podemos deixar de utilizar as células-tronco embrionárias, pois sem conhecê-las seria impossível desenvolver a reprogramação celular. Além disso, embora os resultados sejam muito promissores, as iPS e as embrionárias ainda não são 100% iguais e o processo de reprogramação ainda sofre com um mínimo de insegurança por conta da utilização dos vírus. Existem outras opções sendo estudadas, mas é muito importante que possamos ter e comparar esses 2 tipos celulares.
Obstáculos a serem enfrentados para que as células-troncos possam ser usadas no tratamento de doenças:
Mesmo com os resultados testes sendo positivos ou, pelo menos, promissores, as pesquisas de células-tronco e suas aplicações para tratar doenças ainda estão em estágio inicial. É preciso utilizar métodos rigorosos de pesquisa e testes para garantir segurança e eficácia a longo prazo.
Quando as células-tronco são encontradas e isoladas, é necessário proporcionar as condições ideais para que elas possam se diferenciar e se transformar nas células específicas necessárias no tratamento escolhido, e, para esse processo, é necessário bastante experimentação e testes. Além de tudo, é necessário o desenvolvimento de um sistema para entregar as células à parte específica do corpo e estimulá-las a funcionar e se integrar como células naturais do corpo humano.
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